terça-feira, 14 de julho de 2015


Passei as noites a escrever, renegando o sono e cavalgando o sonho, cansando a mente e espicaçando o corpo.
Horas de deslizar a caneta, de soltar as palavras e manchar o papel de letras azuis ou pretas, que saltitavam, se apagavam e se reescreviam.
As palavras também precisam de eco, precisam de um gesto para as completar ou preencher, para dar vida e ensinar a viver.
Pela pele escorrem os desejos famintos de um tocar de mãos ou um aconchego de coração envoltos num sorriso de um olhar indeciso.
Esperar por um amanhã que não chega é tentar secar uma lágrima que não enxuga.

AC ________ Alice Coelho.  

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