domingo, 7 de fevereiro de 2016





Não sentes as minhas palavras escoadas de lama
Num peito amarrotado nas águas de mar filtrado
Em fogueiras ateadas pelo meu corpo em chama
Chamo-te em meu silêncio afogueado e arrepiado
Percorro-te com meus dedos em suaves devaneios
Em resumos de desejos ardentes e  toques alheios
E numa espera afogada de desespero e de aflição
Encolho-me na noite a ler os teus quentes poemas 
Num consolo apalpado de um corpo em ebulição.
Não há palavras que escrevam dores e silêncios
Mas há dores que se alteram e desviam os passos
E silêncios ultrapassados em momentos escassos.

AC ________ Alice Coelho






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