quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015


Não sou de muitos falares, nem de conversas pescadas, nem de rezas antecipadas, mas tenho o silêncio na alma que fala mais do que a minha própria calma, ou o coração perto da boca que se enerva e me escalda a língua ou me eriça a pele ou o ranger da raiva me faz tremer os dentes e soprar ares quentes. Tenho a sensibilidade a vestir o corpo,  fico nua de orgulho e de ressentimentos, porém rebelde, despida de muita gente. Esvazio-me de lágrimas, encho-me de sorrisos, transbordo de esperança, mas não sou burra de laço cor de rosa, nem feia ou teimosa. A quem só me percebe quando estou calada, não precisa ficar nem nunca nem agora, é uma boa altura de enrolar a língua, fechar a boca e ir embora.

"Ser é tão difícil como entender"

AC ________ Alice Coelho.

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