sexta-feira, 30 de outubro de 2015


CAFÉ......

Sabes-me a café. 
De tão longe, sentado ou de pé, beijos trazidos pelo vento, quentes e arrefecidos, numa brisa que nos lambe, num gesto que nos amarfanhe, em mãos que nos acanhe.
Quero escrever nas estrelas, no teu corpo e no papel, o quanto me queimas os lábios e a pele, com esse sopro que me zumbe em segredo o que te ocupa o pensamento nesse teu momento que sou eu.
Sabe-nos o café que não tomámos, mas que saboreamos juntos todas as manhãs, entre sorrisos e outros assuntos, lidos e escritos, desconhecidos e calados em gritos.

AC _______ Alice Coelho. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015


Amor vira Poema

Todos os dias nasce um novo dia com novos caminhos e novos sonhos.
Todos os dias inventamos novos sorrisos e conhecemos novas pessoas.
Todos os dias amamos o que quer que seja e seja quem for
Todos os dias tropeçamos em traições, mentiras ou enganos
Todos os dias caímos, nos machucamos, rimos, choramos e nos levantamos.
Todos os dias são dias para ouvirmos a nossa voz mesmo que o grito seja feroz.
Todos os dias valem a pena, numa brisa serena em que o amor vira poema.

AC _______ Alice Coelho

Nota: Não estou zangada com ninguém em particular, estou zangada por todos os dias ouvir o mundo gritar!! 
Obrigado

segunda-feira, 26 de outubro de 2015


 Pétala

Desfolhaste cada pétala do malmequer, cada sentimento, cada beijo e cada desejo escrito na alma.
Todas eram pétalas de bem me quer, cheias de pensamentos, de sorrisos e momentos, debroados de poemas e salpicados de sentimentos.
E, na magia de cada flor, cada prazer que desfolhas, cada olhar que orvalhas, cada silêncio que calas, cada verso que lês, cada lágrima que enxugas, cada lugar que guardas.
Desfolha agora
Não te demores, vai-te embora!!!

AC ______ Alice Coelho.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015



Daqui

Daqui, abro-te a janela à espera que o vento sopre os teus beijos, que os pássaros tragam as tuas palavras, que as fotos que tiras na distância do tempo não se confundam com os poemas em lamentos.
Dispo-me de preconceitos e espero-te nua, tomando banhos de lua.
Quando chegares, cubro-te de beijos e enlaces, passeio as mãos pelo calor do teu corpo e sigo rumando sem pudor.
Espero-te

AC _______ Alice Coelho.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015


Espero......

Desafio a chuva e o céu com um olhar
As estrelas brilham e não tombam
O frio rasga e não sei sorrir
E as cartas que escrevi eu rasguei 
Os ventos que sopram eu cantei
E de manhã ao levantar eu chorei
O sol limpou as lágrimas encharcadas
O dia amanheceu sem trovoadas
E os pássaros voaram velozes
Asas a bater e a pousar ferozes
O dia se fez noite, sem ti, sonho-te.

AC ______ Alice Coelho

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Foste!!!

Foste sol que aquece e frio que arrefece, foste mar revolto e salgado e rio sereno e afogado.
Foste ternura e doçura, vendaval e temporal, foste madrugada e anoitecer, acontecer e apetecer.
Foste o veneno e o antídoto, o aceno e o desacorde, foste lágrima e sorriso, a vida e a morte, a verdade e a mentira, a vontade e a ira.
Foste..... aprendi-te e conheci-te, toquei-te e queimei-me, gritei e sobrei-me.
Fuck you!!!

AC _______ Alice Coelho.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015



Silêncio


És silêncio e malvadez, és veneno e insensatez
És dilúvio e ventania, desvio e fantasia
És choro e desespero, poro e destempero
És o som e o frio, calado e vazio
Que verte nas lágrimas, a saudade que nunca ninguém viu.

AC ______ Alice Coelho.

domingo, 18 de outubro de 2015



Esquecer ou Não

Podes não mais me esquecer ou nunca mais me lembrares
Podes fingir que o que quiseres e que não me queres 
Podes andar e rodopiar neste vai e vem e não me teres como refém
Podes ter esta e mais aquela e aquela outra, mas de mim que sou louca, terás sempre a voz rouca
Podes fugir de ti e de mim, mas as cartas que escrevo serão sempre um princípio sem fim.
Podes voar, podes correr, podes nadar, cruzar novos caminhos, mas de mim vais lembrar.
Podes ser tudo o que não és, mas eu aprendi a saber-te e nesta vida de gente, a  palavra é quente.
Podes arranjar desculpas para tudo o que não fazes e para tudo o que não dizes,  não são fases, nem raízes, são aquilo que queres mostrar por tantas aves a árvore te pousar.
Podes desaparecer e nunca mais te ver, mas o destino está traçado e qualquer que seja o caminho, ele vai ser cruzado.
Podes..... mas eu não quero!!! 

AC ______ Alice Coelho.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015



SELVAGEM.........


Nos meus sonhos povoam os desejos de te querer e lamber, de te amar e queimar a cada instante e te agarrar naquele momento cálido e sem vento, em que as bocas se abocanham e os dedos amarfanham a pele, em loucuras divididas e não forçadas, tão somente apalpadas e tacteadas, banhadas de emoção e sentidas pela saudade apedrejada, em palavras a boiar nas águas do rio, bocejadas de olhares de verdade e gestos enfeitiçados de assobios musicados.
Sê selvagem, caminha nua e descalça, dança no anoitecer das palavras, mulher liberta na fogueira da paixão.
Selvagem!

AC ______ Alice Coelho.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015


Decapitada e 100 pés ..............

Sem pés nem cabeça, com sonhos assentes no chão e realidades a esvoaçarem no ar, com vontade de rasgar céus e de descobrir caminhos, pensar mais além e chegar onde querer é ser e ser não é mais do que querer-te na manhã que te acorda ou na noite que te consola, no dia que te discorda ou na noite que te degola.
Sem pés nem cabeça, para andar e correr para te encontrar, para voar e viver para te abraçar.
Sem pés que te apanhem nem cabeça que te acompanhe num destino que descreves em folhas que escreves cheias de poemas algemados e versos libertados, despidos e ávidos, tímidos e húmidos.
Sem pés nem cabeça é o sentir que escrevemos e soletramos, que nos devemos e nos anunciamos.

AC _______ Alice Coelho.

terça-feira, 13 de outubro de 2015


Apetece(s)-me...................

Apeteces-me 
Dentro e fora de um abraço, acendes-me a chama e queimas-me o corpo em toques suaves de ternura ou bruscos de loucura em labaredas de seda esculpindo-me o corpo em sinuosas lambidelas, atada por gemidos, presa em celas, unidos por bramidos e húmidos e destemidos, acorrentados por palavras em saliva escorridas, entrelaçadas e salgadas, quentes e ardentes, calcorreando desejos entre presenças e ausências, coincidências e existências.
Apetece(s)-me
Dentro e fora de um abraço, de qualquer maneira, em qualquer ocasião e em qualquer sítio, sem poeira e atiçada pela fogueira.

AC ________ Alice Coelho.


segunda-feira, 12 de outubro de 2015


......... ( ) ..........

Não tenhas problema em virar as costas e seguir em frente, mesmo que não saibas se queres ir para nascente ou poente.
Não tenhas problema em chorar, derramar as lágrimas no rio mesmo que o teu peito trema de frio.
Não tenhas problema de ver o que não serve, o que não presta, o que não sente, o que te ferve no sangue, mesmo que te enerve e o teu sentir se ausente.
Um dia a vida vai dar-te razão, tu vais estender a mão e o tempo remenda-te o coração.
Não tenhas problema, o vento despenteia-te o cabelo, amarrota-te o vestido e o que agora é amarelo passará a ter sentido quando o teu corpo se sentir despido e tudo tiveres esquecido.

AC _______ Alice Coelho

domingo, 11 de outubro de 2015


Gestos e Afectos

Os afectos traduzem-se em gestos, reacções, risos, cumplicidades e outras coisas mais.
Os gestos traduzem os sentires mais superficiais, em suavidade de toques, em troca de olhares , na aprendizagem do outro, na fermentação dos sentires e no demolhar dos agires.
Os afectos são a ternura, o carinho, a meiguice e toda a lambarice que besunta o amor complementados pelas palavras que ornamentam as estradas.
Gosto dos gestos que precedem os afectos e dos afectos que antecedem as cores do arco íris, numa viagem de sonho, numa paisagem que decomponho.

AC _______ Alice Coelho

quinta-feira, 8 de outubro de 2015



Fuck..........

Pode ser louco o amor que nos prende, mas é manso o fogo que nos acende.
Pode ser intenso e imenso o desejo de um beijo, mas é frouxo o vento e denso o nevoeiro.
E em corpo escaldante, onde escorregam mãos de seda e dedos de algodão galgando a pele e descobrindo caminhos, ora por mensagens ora por palavras, ora de voz ora de escrita, sendo tua favorita, de longe e de perto, onde as línguas se estendem e os ais se entendem.
Fuck the distance and give me the existence.

AC _______ Alice Coelho

segunda-feira, 5 de outubro de 2015


Censura(da)


És censurada por tudo e reprovada por nada, és comentada amiúde e apontada por cansada.
És criticada por apaixonada e por amada e por tudo o que fazes e dizes dentro dos teus pelouros e fora da alçada dos outros.
És censurada pelo que gostas, pelo que escolhes, pelo que vestes e pelo que apeteces, pelo que vives e pelo que convives, pelo que amas e como amas, pelo que descobres e como te moves, por onde vais e por onde entras, pelos olhares e pelos gestos, pelos orgasmos e pelos sarcasmos e por tudo o que te apraz e satisfaz, por tudo o que te traz tesão e te enche o coração.
Mesmo nua não serei tua.
Então censura(me) e eu acatarei ser censura(da)
mas serei sempre feliz e nunca mal amada.

AC ______ Alice Coelho.









Eu sou.................

Eu sou doce e rebelde, criança e mulher, amada e amante, de gestos loucos e gritos loucos, quente e incandescente, magia e fantasia, paixão sem medida e enraivecida, emoção escaldada, coração exaltado e pele em erupção.
Eu sou tudo o que não estás habituado e te deixa desvairado, tudo o que não pensas e acrescentas, um ontem que desatinas e um amanhã traquinas dobrado em tuas esquinas.
Eu sou...............

AC ______ Alice Coelho.






domingo, 4 de outubro de 2015



Sentires.......................!!!!!!!

Posso não sentir a tua pele roçar a minha, posso não sentir o teu calor enrolado no meu, posso não sentir as tuas mãos galgarem o meu corpo, posso não sentir os teus beijos colados aos meus e não sentir o teu peito encostado ao meu, mas sinto a força do querer e o poder do ter, mas sinto o coração a arder, o peito em chama e um além estendido entre olhares e palavras que se agarram e se misturam e se interpretam no tempo azul do céu em tempestade acorrentado pelo abraço tão breve e leve.
Sinto-te na ponta dos dedos como se tocasse melodias infinitas, como se te escrevesse num livro de poesias e te descrevesse num mundo de fantasias.

AC _______ Alice Coelho

sábado, 3 de outubro de 2015


6ª Feira

Sexta feira 
Combina, com relaxe, com amor, com loucura, com alegria, com sol e perfume de lençol.
Combina com o rebolar no chão, com prazer, com paixão, com foder, com querer e com arranhão.
Combina com lazer, com dedo na boca, com palavras proibidas, sem horários, com colchão e almofada caída no chão.
Combina com cama, com nudez e sem pijama, com suores e com arrepios, com calores e frios, com silêncios e ousadias, com fantasias e poesias.
Sexta feira
É dia de ser noite e noite sem dia, sem limite e com tudo a que se permite.

AC ______ Alice Coelho.