quarta-feira, 30 de setembro de 2015

LOVE


Não sei o que é esta inquietude, esta instabilidade, este encher de peito, esta saudade.
Não sei o que é este engasgar, este querer, este calar, este tremer.
Não sei o que é este falar, este sentir, este olhar, este pressentir
Não sei o que é este bradar, este escrever, este gritar, este gemer.
Não sei se é amor se querer se tanta dor, se sede de te beber.
Não sei se é loucura ou brandura, se amargura ou doçura.
Não sei!!!

AC _______ Alice Coelho 

sábado, 26 de setembro de 2015




Não Sei

Não sei 
O que vento arrasta nem o que as ondas levam, nem o que o céu ilumina e a lua segreda com seu jeito de menina.
Não sei 
O que sabes nem nem o que queres saber, nem se ouves o que me transborda nem se enches e deitas fora
Não sei
Se me me queres ou se te quero, se me afastas ou me aproximo, se és estrada e eu sou caminho, se alguém sabe ou se sabes sozinho.

AC _______ Alice Coelho


quarta-feira, 23 de setembro de 2015


Sonhos e Contos

Há sonhos que parecem histórias e histórias que parecem contos.

Era um final de tarde de um Setembro ameno, sem chuva, sem frio e sem aceno. O comboio entrou na linha nº 1, vindo do norte e sem atrasos, nas vinte horas feitas de retalhos. João desceu, olhou para o relógio, arrastou a mala que trazia consigo, cheia de esperanças e lembranças, parou no patamar de cima, percorreu com o olhar toda a extensão que os seus olhos albergavam e colhendo as batidas do peito que tanto aleijavam. Estagnou como se o tempo parasse e dele não voltasse, os olhos encontraram quem procurava e dos pés não arredava e dos olhos não desviava, como se ficasse preso ao chão e tudo não passasse de uma ilusão. Desceu, olharam-se, inundaram-se de surpresa, cumprimentos e sorrisos e um arredar dali, onde o ar transbordava, o olhar incendiava e o sonho acordava. As conversas surgiam, os risos multiplicavam-se e a fome começava a sentir-se, não se deixando enganar pelos olhares que tremiam , pelas mãos que suavam e pelos sorrisos que se escangalhavam, por tudo parecer normal e nada ser tão formal e desajeitado por gestos nunca estudados. Depois da fome saciada, dos risos mais refreados e das conversas mais temperadas, um copo no Alto Bairro, um beijo bem roubado, um estar desastrado, um sentir alvoraçado, um adeus no ouvido e uma próxima vez escondido, deixou sentidos em alerta e a porta entreaberta. A Lua foi testemunha daquele abraço de tantos sabores... sabores que foram degustados ao longo da noite que a viram cair e que lembrava um amanhecer de sentires e consentires. Mas tudo acabou no dia em que Luísa. percebeu que os sonhos se perderam, acordados por uma realidade que não calou a voz que a verdade ecoou. As lembranças ficam repousadas em cada canto da cidade, onde um dia serão agarradas pela saudade e pela paixão, numa noite em que as almas se voltem a encontrar nas lavas de um vulcão, onde no céu não hajam mais mentiras, nem nuvens carregadas de ilusão.

AC _______ Alice Coelho

segunda-feira, 21 de setembro de 2015


Sexo é Emoção...!!

Gosto das subtilezas que nos levantam os pés do chão e nos fazem tocar a lua com sonho e paixão.
Gosto da suavidade dos gestos, deslizando sem acessos, numa loucura sem protestos.
Gosto dos beijos que arranham, das palavras que assanham, dos momentos que eternizam e dos pensamentos que culminam.
Gosto do antes, do entretanto e do depois num rol de emoções que te trazem e te levam em noites de escuridão, estejas tu ou não.
Gosto
Gosto-te
Saboreio instantes e olhares distantes.

AC _______ Alice Coelho.

sábado, 19 de setembro de 2015

Sexta feira (6ª feira)

É o último dia de trabalho, de pensar como gastar o fim de semana, de como empregar a noite sem se preocupar com o dia, de poder amar o escuro e saltar o muro, de transgredir sem ser preciso pedir, de estar, ficar e ausentar, respirar, rebolar sem pensar e gemer sem temer.
É numa sexta feira que vamos pincelar os amores, bordar-lhe as asas de todas as cores e sentir todos os cheiros e sabores.
São loucuras meias feitas e sentidas, prontas para todas as colheitas, sortidas e repetidas.
São risos e gargalhadas, noites mal dormidas e bem amadas.

AC _______ Alice Coelho

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Se................................

Se te quero eu sei, se te espero eu desespero, se me falas eu sorrio, se te calas eu fico triste, se me olhas me consolas, se te escondes não te sei e se apareces me amoleces.
Se é amor eu não sei, mas sei que o céu é mais azul, o mar menos revolto, o vento mais amansado, as flores mais coloridas, os pássaros mais esvoaçantes, as  palavras mais atrevidas, os gestos menos comedidos e os olhares mais dançantes, em desejos e bafejos de paixões, exuberantes e transbordantes
Se.....
Não  estiveres não me sei, se não me souberes não estarei.

AC _______ Alice Coelho. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Sonho-te....

Sempre estás nos meus sonhos, onde me me confortas e me consolas, onde me beijas quente e me percorres ardente, onde me tocas, me lambes e lambuzas, onde os beijos sabem a sal e cada sorriso é especial.
São sonhos de ternura, de frescura e loucura, são prazeres adiados e momentos apaladados, num tempo distante em tempo embriagante e sabor a picante.
Enquanto os sonhos vagueiam, o corpo estremece, a pele queima e a fantasia esperneia  em toques de magia.
São sonhos esperados por instantes alcançados.

AC _______ Alice Coelho.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Fecha os olhos:

Fecha os olhos, ama-me como ninguém, dá-me as palavras que se ousam na tua voz e os beijos da tua boca.
Fecha os olhos, percorre-me com as mãos, sente-me o corpo em ebulição e sacia-me os prazeres sem razão.
Fecha os olhos, amacia-me com a tua língua e apaga-me a fogueira com a água dos teus gestos.
Fecha os olhos, traz-me cores traz-me vida, escorrega-me na pele, salpica-me de flores e faz-me bandida.
Fecha os olhos e estarei onde estiveres, ousarei se quiseres e dançarei no céu azul as danças de mar, que me ensinaste a amar mesmo sem velejar.
Fecha os olhos e vem correndo, estou à espera na largura do tempo, na velocidade da espera, na liberdade do vento, presa no firmamento.

AC ________ Alice Coelho.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

 Bilhete de ida sem volta.............................

Quero ir e não sei para onde, quero pedir e não sei o quê, quero dizer e não sei para quê.
É um mar de emoções, uma amálgama de sensações, um querer porque sim e um não querer porque não, é um aroma a jasmim e um arrepio cheio de frenesim, é um abanão e um safanão, um querer acordar e uma atenção.
É um sonho perfumado donde não quero sair, um viajar que não quer retornar, um inicio sem começar e um chegar ao fim sem acabar.
Toco-te sem te tocar, fujo-te do olhar e aproximo-me do falar e num sono leve e profundo, estendo-te as palavras, corridas e paradas em pausas estranhas, que mastigas e amanhas.

AC ________ Alice Coelho.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015


Pecado......!!!

Não sei que força é esta que me empurra, que me provoca, que me puxa e repuxa e que me leva por caminhos que só vão dar a ti.
Se penso em te beijar, se penso em te ter nos meus braços, se sonho com o amor em lençóis de seda ou rebolado na areia, naquela esquina dobrada ou no carro que se passeia na alvorada... se nesta confissão que faço, se neste desabafar que não cala, é pecado querer amar, então eu quero ser pecadora e acusada de pecar.
Pecado é não seguir os nossos quereres e as nossas vontades, é calar o que sentimos, é não fazermos o que desejamos, é não lutar pelos desejos satisfeitos.
Queremos um hoje a transbordar, porque o amanhã pode não ter lugar
E se te sonho e se te quero, é estranho apenas se não me quiseres ou se em mim não couberes.

AC ________ Alice Coelho.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015


A vida e à vida!!

Todos os dias sou quem sou e todos os dias o que sou me confessou.
Em todos os meus gestos dou um pouco do que tenho e em cada sorriso me detenho.
Todos os dias me dispo um pouco e na minha nudez transparente, passa a tua sombra tão presente na minha mente.
Espero que me passes em frente, que chegues ou que te vás, numa espera ausente, num sentir fugaz.
Se deixas um sorriso, me dás um sinal, minha timidez se arrisca, não sei se faço mal, dou-te outro em troca e mais uma palavra aveludada para percorrer a longa estrada.
Todos os dias te chamo meu e  todos os dias sou eu!!!

AC _______ Alice Coelho.

terça-feira, 1 de setembro de 2015









Amor e (a)mar

Queira ou não queira vou amar-te.....
Não sei se um amor louco, se um tão pouco ou se mais um pouco, se num tempo curto ou longo, se olhos nos olhos ou se na certeza do vento que te traz no tempo.
As coisas não acontecem porque queremos, não escolhemos quando e como, quem e com quem, sentimos um friozinho na barriga, um arrepio na alma e um tremor no peito e quando damos por isso, queiras ou não queiras, está feito.
Não sei quem sou, nem sei quem és, não sei o que procuro, nem sei de que és capaz.
Tudo é estranho e tamanho, tudo é diferente e ausente, tudo é olhar e cantar, tudo é cor e amor, aqui e além, na terra e no mar, no cheiro de ti a voar e no meu regaço pousar.

AC ________ Alice Coelho.