segunda-feira, 31 de agosto de 2015

AGOSTO..........
Agosto chega ao fim e se por um lado deixa saudade sorridente, por outro nos alaga com uma certa nostalgia, por ter sido diferente, por ter alegria e por passar rasteiras mesmo sem bilheteiras para assistir aos espectáculos, sempre bem cheios de tentáculos e redes e enredos onde nas teias as ideias se embaraçam e os pensamentos se emaranham.
Foi um mês ácido de intenções, de mentiras e ilusões, deitadas ao mar antes do adeus regressar.
Flutuei nas ondas da paixão, sustive a respiração e não me afoguei.
Amar não sei se amei, mas tropecei e continuei a beijar a alma de quem evitei.
Antes de terminares meu Agosto, encontrei um doce respirar, daqueles que enchem a alma mesmo que não pronuncie o verbo Amar.
Adeus Agosto com ou sem desgosto, traz-me o Setembro, o Novembro e o Dezembro e tudo aquilo que quero e me lembro.

AC _______ Alice Coelho.

domingo, 30 de agosto de 2015

    Um Dia!!!!

Um dia
De repente sentimos um desassossego que nos põe inquietos, que nos deixa à espera, que nos provoca incertezas, que nos assalta o corpo e a mente, que nos deixa contente com um gesto, uma palavra, um sorriso, uma vontade tresloucada de escrever um poema e um querer infinito de segredar um problema.
Um dia 
Mesmo sem voz ou sem olhar que entre na alma, estaremos atentos e em horizontes longínquos, pintamos o retrato perfeito, aquele que não existe, mas que encaixa no nosso peito.
Um dia
Chegaste de mansinho, foste ocupando espaço devagarinho e todos os dias o acordar traz um beijo no cantar de um livre passarinho.
Um dia
Não emigres de repente, não te faças ausente, não leves o calor que amanhece num raio de sol e que adormece com o luar a brilhar.

AC ________ Alice Coelho.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015


Boa noite que já passou a caminho da madrugada, onde as estrelas foram luz e as nuvens almofada.
Soube-te perto e a chegar de mansinho como se me seguisses o caminho e a loucura de te falar fez da noite um caminhar onde dormir não era opção e a velocidade, o trepidar do coração.
Aqui chega o teu cheiro que me embriaga os sentidos, mergulhada nuns olhos que não vejo, numa mãos que não toco e em beijos que não tenho e às vezes não me contenho.
No silêncio que nos reflecte, chega uma palavra que nos interpreta, um sorriso que nos toca em vagares que se  apressam em melodias cantadas   e tocadas em todas as alvoradas.
Quero o longe de perto, não acordar dos meus sonhos, bater as asas de renda e fazer dos dias uma verdadeira lenda.

AC _______ Alice Coelho.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

                                                        SAUDADE!!!

Pode não ser saudade, este tormento, esta angústia do momento, esta tristeza que me invade, esta inquietude presente na tua figura ausente, num corpo trémulo de ansiedade, no cabelo despenteado, tão intenso de ser verdade.
Pode não ser saudade, mas pode ser um sentir a falta de um gesto ou de palavras que nos amaciem a alma e nos sosseguem o espírito, que nos transmitam calma e nos calem o grito.
Como podemos sentir saudade se não te sinto no meio da multidão, mas procuro-te sem te saber e sem nunca te ver os gestos, mas a sentir-te os afectos.
Um dia acho que não vou sentir falta de nada, mas a saudade provocada pela tempestade do vento, parada no tempo.

AC _______ Alice Coelho. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Não sei.....

Não sei se é amor, este desejo de te querer, mas isso que importa, se esta paixão me incendeia o corpo e me queima o coração.
De longe te quero, de longe te sei, sinto-te em labaredas e em em palavras que se esgueiram pelas veredas da tua boca e esvoaçam para tocar a pele, para entrelaçar os corpos num tempo que se repele.
As palavras aceleram desejos, apimentam momentos, entrelaçam línguas e provocam ais, calados em gritos com beijos aflitos.
Não sei, mas o sonhar de ti e em ti, desperta sensações e aguarda emoções.

AC _______ Alice Coelho.

terça-feira, 25 de agosto de 2015


Onde fui, onde estou....


Onde fui nem eu sei, onde estou não tenho a certeza e o que quero é dar-te o meu pensamento, tão vasto  quanto ausente, tão forte como a sorte que te leva por caminhos vadios tão quentes quanto frios.
Quero-te no meu céu, uma estrela a brilhar mesmo escondida por detrás das nuvens, em toques ousados que nos levem, em olhares que nos toquem, em gestos e palavras que nos alcancem e nos acompanhem na viagem, através da paisagem, do vento arrastando a folhagem dos desejos ou de mensagens que transportem os meus beijos.
Se não sei de ti e se te perguntarem por mim, é porque enlouqueci, porque não me queimei, porque não te amei.
Quero-te para hoje, amanhã não sei onde estou e ontem não sei para onde fui.

AC ________ Alice Coelho.


segunda-feira, 24 de agosto de 2015


 Sonho.te

Convido-te para o  meu sonho só para entrares dentro de mim, para que não sendo real, possas entender o fogo da minha pele e tocares os recantos do meu corpo para que o desejo congele.
Quero-te num sonho perfeito, unidos por corpos e suores, para que os toques dos teus pensamentos não nos façam sentir mortos  e os sabores salgados sejam nossos traidores, aconchegados de tantos amores.
Quero sentir-te de longe ou além, numa lágrima ou num sorriso, nas mãos ou na língua, quente e sem frio, ausente e presente na posse do silêncio falado e calado ou escrito em poemas por um punho cansado.
Sonha-me e eu sonho-te e desenhamos o mundo bem colorido à nossa maneira.

AC _______ Alice Coelho.





domingo, 23 de agosto de 2015



 Letra "A"

É o A de além, de Alice, de amor.... 
É um arrepio da pele e um tocar de longe
É o sentir sem angústia e sem rancor
É um fechar em mim na capa de monge
É a vida no auge do seu esplendor
É um ali, além, um silêncio guardado
É um segredo escrito em pedra e papel
É um grito calado e enclausurado
É a vida louca e mouca, cruel e de fel.
São os corpos nus que se desejam e amam
É......
O poema e a prosa, as imagens que vimos e os toques que sentimos
São......
Somos!!

AC ______ Alice Coelho.





sábado, 22 de agosto de 2015


Historia, mais uma......

Chegaste como por magia, como uma estrela que se planta no meu canteiro para iluminar o meu jardim e para colori-lo com as cores do arco íris e perfumá-lo de aromas e essências que façam do meu mundo um êxtase de sensações e emoções, transformando as distâncias em vales de tempo percorridos pelos olhares lânguidos, pelos gestos sedutores e pelas palavras que nos arrebatam o corpo e a alma e nos dão sentido ao caminhar e ao explorar de um hoje sem pensar no amanhã.
Chegaste de azul cor do céu, aquele azul embriagante que se estende no horizonte do mar e nos envolve em brumas de espuma branca, cobertas de sal lambido em línguas de areia, tão corpos e tão sabores degustados e esperados.

AC _______ Alice Coelho.


Podia ser tempo......

Podia ser tempo que não foi, momentos desperdiçados e instantes mal apagados, fogo ateado e um querer desenfreado.
Podia ser tempo de loucura, alargado ou restrito, mas enorme enquanto o tempo fosse tempo.
Podia ser tempo de mar, de querer e amar, de sentir e seguir, de não parar e prosseguir.
Podia esquecer o galo que cantou, a mentira que pairou e todos os dias que o tempo mostrou.
Podia fingir que o tempo não parou, que o telefone não tocou e que tudo o que dei e mandei não guardei... mas acordei!!!!

AC _______ Alice Coelho.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015


Amanhãs

Os amanhãs rasgam-se e passajam-se ou remendam-se conforme os rasgos na pele ou na alma sejam maiores ou menores, mais superficiais ou mais profundos.
Cozemos os estragos, pontilhamos, arranjamos e consertamos e nunca verificamos se os reforçamos para prevenção das dores ou amarguras, com sabores e sem abreviaturas.
Vamos costurar sonhos, bordá-los de fantasias e viver a vida com pós de magia, com amor e paixão, com intenção e sem razão, porque rir sem motivo é bom e emotivo e amar é como renovar o ar e respirar.

AC ______ Alice Coelho.

terça-feira, 18 de agosto de 2015





 Surpresas são sempre poucas.....

Gosto de surpresas, daquelas que nos deixam sem fala e de orelhas moucas, que nos cortam a respiração, nos fazer tremer as pernas e nos abanam o coração.
Gosto de uma mensagem a chegar pela madrugada, de um telefonema a cada chegada, de um abraço sem esperar e de um sorriso a cantar em bocas a dançar.
Gosto de surpresas loucas, de poemas que não rimem, de palavras enviadas e sopros de lua em noites caladas.
Gosto de surpresas muitas e tantas, de olhares sem defesas e de gestos que decantam, que cantam e encantam.

AC ______ Alice Coelho.


 Com sono, sem sono....
Com brilho ou opaco
Na face pálida ou rosada
No olhar lúcido e translúcido
Gestos lânguidos e tímidos
Vozes fortes e suaves
Palavras soltas e perdidas
Sonhos cobardes e destemidos
Medos e receios adormecidos
Cantares e voares, asas e aves
Chegadas e partidas, vindas e despedidas.

AC ________ Alice Coelho.










quarta-feira, 12 de agosto de 2015






Noite....


É no silêncio da noite calada, que me vislumbras e me olhas na penumbra.
É no escuro da noite que me tocas na distância e me desejas com abundância.
É num pensamento só nosso que atravessas montes e montanhas, que bebes água das fontes e de suores me banhas.
É no silêncio da noite, quando tudo é nada, que no teu contudo, chega a madrugada.

AC ________ Alice Coelho. 

terça-feira, 11 de agosto de 2015








Nua:

Não basta ter as mentes desnudas e abertas, os corpos nus e sedentos de afectos, os olhares incertos e os pensamentos descobertos.
Não basta ter uma vida colorida, um céu azul e um chão para pousar os pés,
É preciso ousar, procurar, atrever-se, ter ganas e coragem, desperdiçar medos e agarrar tempos, empacotar tempestades e embrulhar vontades.
Bateste ao de leve na aldraba da porta, foste entrando devagar e o resto  pouco importa, porque o amanhã não entra pela janela nem sai pela porta.

AC ________ Alice Coelho

segunda-feira, 10 de agosto de 2015


Sonhos Adormecidos:

Houve dias sem corrente de ar e noites a sufocar, em que me perdi do tempo, da vida e do mundo e em que a ausência só falava de ti, te respirava e te incendiava, em que tudo eras tu e o nada ouvia a tua voz de silêncio em quarto vazio e tudo era tão frio.
Houve dias em que as palavras que não te disse esperaram pelos teus beijos e abraços, presos por laços e distantes dos teus braços quentes de carícias, de arrepios e delícias.
A falta de mim na falta de ti, em réplicas de escassas presenças, num abafar de crenças que não suam nem gemem, não chegam e não afastam, não sentem mas pressentem, sonham e desesperam em tempos que não medram.
Contigo e sem ti, houve dias em que sufoquei e não respirei.

AC _______ Alice Coelho.

domingo, 9 de agosto de 2015




Desassossego:

Desassossegas-me e inquietas-me.... deixa-me dizer-te que te quero, o que quero e como te quero, que me incendeias e que me apeteces sem orações e sem preces.
Despes-me com os olhos e humedeces-me com palavras, vestes-me de loucuras e desnudas-me de ternuras, tacteias-me com os dedos e aprendes-me em segredos.
São fomes insaciadas e sedes esvaziadas nestes corpos desmedidos de desejos que calam lamentos em noites de pesadelos e tormentos.
São delírios abrasadores que nos consomem e nos devoram, são gritos de paixão que nos arrepiam e nos tremem...... são laivos de lucidez que nos atrevem!!!

AC _______ Alice Coelho.

sábado, 8 de agosto de 2015


Quero-te tanto:

Quero sentir as tuas mãos no meu corpo, num deslizar enfeitiçado, num toque perfumado, num experimentar cadenciado, num pensamento de ti, num arrepiar de saudade, numa rima de verdade, numa língua voraz e quente, húmida e capaz, num reencontro promissor, tu emissor, eu receptor..... veículos transmissores de desejos arrebatadores.
Só foste o que tinhas de ser..... quero-te tanto que o muito é tão pouco.
Quando voltas???

AC _______ Alice Coelho.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015


Tristeza:

Uma onda de fumo oculta o azul do céu e esconde o sol com vontade de chorar.
Os corações das gentes que de perto vivem esta agonia, ficam apertados e pequenos e a tristeza é cada vez mais deprimente e os olhares cada vez mais baços.
Temos uma sensação de impotência e uma amargura imensa ao assistir ao galopar do fogo que de tão quente, posto ou por acidente, nos tinge de luto e nos abafa os sorrisos de árvores queimadas, casas em perigo e gentes assustadas.
Foi o panorama de hoje, cheio de lágrimas e emoções, sentimentos em chamas, momentos de tragédia e dramas de terror.

AC _______ Alice Coelho.
 Uma manhã em 2 rodas


Os dias planeiam-se de acordo com o tempo, com a actualidade, com os gostos e com as vontades e outras vezes por nada disto, por um imprevisto ou até por um simples belisco que nos acorda e nos tira de um sono profundo e acordamos olhando para o Mundo.
Foi um passeio, um olhar diferente, um banho de verde e um refrescar de alma.
Foi um embalo e um regalo, um sentir e um pressentir, um plantar e um regar, um rir por nada e um sorrir por tudo, um calar e um silêncio a repousar.
Foi sair e entrar, viver e renovar, tocar e não alcançar e colher ventos de saudade em lágrimas de verdade.
No último do pelotão e no carro vassoura, fica o registo de um dia feito por uma moura e escrito por uma loura.

AC ________ Alice Coelho.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015


Alice.............

Tão emotiva, tão louca, tão sincera e terna, tão meiga e carinhosa, tão impulsiva e intensa, tão simples e complicada, tão amante e desejada, tão ingénua e apetecida, tão quente e ardente, tão alegre e dedicada, tão doce e assanhada.
Alice, me emprestas as maravilhas do teu país??
Perguntam olhando de fora e tentando entrar lá dentro, onde o paraíso é meu, sem terra e sem chão, sem rio e sem frio, com véu e com céu e de pernas ao léu.
Não..... respondo!!
Neste buraco de sonhos, onde o destino me condiz, sou ave cantarolando e do ninho aprendiz, sou gata de telhado, desvairada e cansada.

AC ________ Alice Coelho.



quarta-feira, 5 de agosto de 2015


Sonhos

Foram sonhos e pássaros a voar, chilreios perto do mar e grãos de areia a esvoaçar.
Foram quereres e desejos, vontades e anseios, foram as minhas verdades e os teus bloqueios, os olhares do além e as palavras do aquém, foram os passeios inventados e os seios acabrunhados.
Foram vidas esquecidas e momentos apagados, foram viagens apressadas e partidas urgentes e estares sem quedares, sentires ausentes.
Foram ruas e estradas, momentos e alvoradas, surpresas e defesas e uma rua de Princesa escondida em gestos de tristeza.

AC _______ Alice Coelho.


terça-feira, 4 de agosto de 2015


Nem mais ou menos....

Nem amigos podemos ser quanto mais sermos cúmplices de momentos ou instantes de pensamentos aqui ou ali, juízos distantes a correr atrás de prejuízos.
Não podemos ser sim, nem não, nem mais ou menos, nem talvez, não dividimos sentires, nem olhares nem pensares, porque o caminho só é traçado num sentido, o outro é surdo, não tem ouvido e o trilho não tem tino nem destino.
Gosto de me sentir brilhante, de sentir o coração embalado, sem tempo perdido, achado e vivido e tudo o que tentei foi o que sonhei, se perdi, foi porque não te aprendi.

AC ________ Alice Coelho.




 O Tempo......

O teu tempo foi o meu tempo, aquele que os ponteiros do relógio definiram como o momento sem tempo para ter tempo.
Não sei se nos perdemos no tempo ou se o tempo se perdeu em nós, não sei se quero retroceder no tempo, se quero que o tempo tropece em mim ou se quero que o tempo me ultrapasse no tempo.
Sei que hoje penso no tempo, naquele que foi e naquele que não tenho e pergunto-me:
Onde é que eu errei para que no meu tempo não te demorasses, para que não me abraçasses, para que o preenchesses de vazio, para que o enfeitasses de indiferença e o bordasses de desprezo como se me ditasses uma sentença.
Dei-te o meu tempo, a minha fé e a minha crença, fiz do tempo a minha embarcação, não resisti à tempestade em fúria, naufraguei e me afoguei no tempo que não me deixa ser.

AC ________ Alice Coelho.